Quem foi Gabriel de Almeida Café?

Gabriel de Almeida Café nasceu em Fortaleza, Capital do Estado do Ceará, no dia 16 de novembro de 1917. Era filho de Miguel Café e de Honorina de Almeida Café, respeitosos membros de tradicionais famílias alencarinas. Iniciou seus estudos em 1926, com 5 anos de idade, no Colégio Nogueira, onde, aos 10 anos, prestou exames de admissão, obtendo aprovação com louvor. Fez o ginásio e secundário no Liceu Cearense, estabelecimento de ensino de grande conceito no país. Sempre se devotou a causas humanitárias e cívicas. Este seu interesse pelo próximo valeu-lhe amizades importantes. Respeitáveis intelectuais cearenses eram constantemente visitados por Gabriel Café, havendo receptiva acolhida da parte deles para um moço interessado em assuntos de alto nível. Frequentava centros cívicos, ciclos de palestras, reuniões, programas lítero-musicais, etc. Aos 15 anos de idade, na Praça do Ferreira, em Fortaleza, na qualidade de locutor de uma amplificadora, proferiu vibrante discurso, dando-a como inaugurada. Casou-se aos 24 anos de idade - em 25 de janeiro de 1941 - com Maria Cleide De Holanda Café, com a qual teve 6 filhos, um deles falecido na cidade de Macapá e sepultado no cemitério de N. S. da Conceição. Foi para Macapá a convite do então Capitão Janary Gentil Nunes, ingressando no magistério amapaense, identificando-se perfeitamente com os mestres e estudantes de Macapá. Iniciou sua jornada como docente no Colégio Amapaense onde chegou a assumir a função de Diretor. Foi um dos fundadores do Grêmio Literário e Cívico Rui Barbosa, participando dos trabalhos de soerguimento de sua sede própria que, depois de ser ocupada pelo Campus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, foi retomada pelo Governador Jorge Nova da Costa e devolvida ao Grêmio. Gabriel Café ou Professor Café estava ao lado dos pioneiros que fundaram a Escola Técnica de Comércio do Amapá, integrando sua primeira Diretoria. Como professor, lecionou Desenho, Matemática, História Geral e do Brasil no Colégio Amapaense e Matemática Comercial na Escola Técnica de Comércio do Amapá, atual Escola Estadual "Gabriel de Almeida Café", em sua homenagem. Era maçom e radialista, produzia e apresentava com o Dr. Diógenes Gonçalves da Silva, ilustre médico de Macapá, já falecido, o programa "Confraternização" pela Rádio Difusora de Macapá das 9:00 às 10:00 h., antes do "Clube do Guri", aos domingos. Como radialista chegou a narrar jogos de futebol pelo campeonato da cidade, da Praça da Matriz (Veiga Cabral) e do Estádio Glycério Marques. Formou vibrante trio de locutores com Agostinho Souza e Marcílio Filgueiras Viana. Deixou Macapá para residir em São Paulo, onde chegou a dar aulas nas Escola Professor Pauletti, nome da época. Faleceu na Capital Paulista, em 06 de outubro de 1955, com 38 anos de idade, vítima de colapso cardíaco. Uma das características mais fortes de Gabriel de Almeida Café era sua maneira de falar: rápido, objetivo e, acima de tudo, sincero. Como maçom e humanitário, ajudava as pessoas necessitadas. Seu programa "Confraternização", na Rádio Difusora de Macapá, era filantrópico e de orientação geral. Residiu algum tempo nas instalações da Loja Maçônica Duque de Caxias, onde funcionou um Curso de Admissão ao Ginásio, mantido pela referida instituição. (Fonte: Livro Personagens Ilustres do Amapá Vol. I, de Coaracy Barbosa - edição 1997) - Com informações de seu filho Wellington Café. (JOÃO LÁZARO) ÀS 06:02

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